terça-feira, 16 de novembro de 2010

O Rap dos normais

O Rap com letra de José Fanha e Natália Abreu, foi  interpretado pelo 5º F com acompanhamento musical do 5º A... diz assim:


(refrão)
Não sou preto sou castanho
vou para o banho
e o castanho não me sai
não me cai
não se vai da minha pele.


Sou castanho e tenho mel
no olhar
no cantar
vou andar devagarinho
e o meu sangue é vermelho
vermelhinho
como o sangue do vizinho.


(refrão)


Não sou pleto nem castanho
sou amalelo
da côl do sol
e o sol blilha pala todos em ledol
pala mim
e pala ti
e também p'ló cacacol
sou da côl do sol


(refrão)


Somos todos bué de amigos
somos balões
coloridos
todos temos coração
bate igual
em cada irmão!
Este é o rap dos normais
todos diferentes todos iguais!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

10 de Novembro
À conversa com José Fanha, na Biblioteca
Foi mesmo desta!


Uma conversa sem segredos entre o criador e os leitores. A empatia foi instantânea e a interacção muito facilitada pela forma de estar do consagrado autor, que, entre poesias, canções e a leitura de excertos de uma das suas últimas obras cativou a sua audiência durante cerca de hora e meia. Bravo!

Os alunos do 5º F e do 5º A interpretaram o "Rap dos normais", que o autor convidado iniciou na obra "O meu amigo Zeca-Tuntum e os outros" e que a prof. Natália Abreu, da equipa da BE, completou. As professoras de Educação Física e Educação Musical colaboraram no acompanhamento.
Ficou o máximo!

Obrigada ao José Fanha!

Até à próxima!




OUTONO

Tarde pintada
Por não sei que pintor.
Nunca vi tanta cor
Tão colorida!
Se é de morte ou de vida,
Não é comigo.
Eu, simplesmente, digo
Que há fantasia
Neste dia,
Que o mundo me parece
Vestido por ciganas adivinhas,
E que gosto de o ver, e me apetece
Ter folhas, como as vinhas.


Miguel Torga


fall-1.gif (9358 bytes)

Se deste OUTONO uma folha,

apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.

Eugénio de Andrade